(foto de Albino Cardoso)
O nosso amigo Albino Cardoso, que tem vindo a realizar um levantamento das gravações de simbologia religiosa em construções do concelho de Fornos de Algodres, deu a conhecer recentemente, no seu blog DALGODRES, algumas gravações cruciformes inéditas, efectuadas em ombreiras de portas, no centro histórico de Algodres (ver aqui, aqui e aqui).
Inquirições de D. Dinis
(IAN-TT, Leitura Nova, Inquirições da Beira e Além Douro, fl. 37)
O Dr. Pedro Pinto (CEH-UNL) fez o favor de nos enviar a seguinte transcrição das Inquirições acima referenciadas (realizadas na década de 80 do séc. XIII, por mandado do rei D. Dinis), na parte referente aos julgados de Fornos de Algodres, Matança e Algodres:
Julgado de ffornos d algodres
[sinal de caldeirão] Dizem as testemunhas que em todo este Julgado nom ha honrra nenhuma e que todo he Reguengo d el Rey e dizem as testemunhas que os homeens lauradores que moram na aldeya de figueiros que he de sam Joham de tarouca estenden sse pellos Regueemgos d el Rey E per este Julgado e pera alem dos marcos do Regueengo fazem ende honrra e nom dama d el Rey ende nada. E dizem as testemunhas que elles diram per hu he o Reguengo quamdo os preguntassem [sinal de caldeirão] Todo este Julgado he deuasso e entre hy o moordomo d el Rey por todollos seus dereitos E quanto se possam daquella aldeya ao Reguengo d el Rey chame el Rey si quiser
Julgado de matança
[sinal de caldeirão] Nom a y honrra nenhuma [sinal de caldeirão] Este como estaa por deuaso
Julgado d algodres
[sinal de caldeirão] Nom ha y honrra nenhuma [sinal de caldeirão] Estee como estaa por deuasso .
Acaba de ser publicado mais um número da revista Beira Alta (vol. LXV (2006) fasc. 3 e 4), no qual o Mestre João Rocha Nunes (que nos dá a honra de colaborar neste blog) assina um artigo intitulado: Violência e Vivência em Terras de Penalva (1700-1740) (pp. 311-350).
A associação Terras de Algodres vai realizar, no próximo dia 10 de Novembro (Sábado), entre as 14:00 e as 18:00 horas, trabalhos de limpeza no Castro de Santiago, seguidos de um convívio entre os participantes, à volta de um magusto.
Informações complementares estão disponíveis aqui.
A associação Terras de Algodres pode ser contactada através do endereço de correio electrónico: terrasdealgodres@sapo.pt
No próximo dia 17 de Outubro, pelas 18:30h., vai realizar-se na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, a sessão de apresentação do livro Fernando Pessoa, o menino da sua mãe, da autoria da algodrense Amélia Pinto Pais.
A obra é dedicada ao público infanto-juvenil e será apresentada pelo Prof. Dr. José Augusto Cardoso Bernardes.
Estão neste momento a terminar as escavações arqueológicas na aldeia de Algodres (no concelho de Fornos de Algodres) no âmbito das obras para colocação de infra estruturas básicas de saneamento e electricidade.
Os trabalhos decorrem nas proximidades da Igreja Matriz e estão a pôr a descoberto o que resta de um cemitério local de cronologias que se estenderão provavelmente desde a Alta Idade Média até ao século XIV.
Até ao momento foram escavados 27 ossários e cerca de 92 esqueletos retirados de sepulturas escavadas no substrato rochoso.
Cliente: Câmara Municipal de Fornos de Algodres
Coordenação: Inês Mendes da Silva
Responsável Científica: Marina Pinto.
(Nota: foto e informação obtidas hoje no site da ERA Arqueologia, S.A.).
(Chancelaria de D. João III)
O Dr. Pedro Pinto (CEH-UNL) teve a amabilidade de nos enviar os seguintes resumos de documentos existentes no IAN/TT Chancelaria de D. João III, com interesse para a história das Terras de Algodres:
Livro 52, fol. 48v
31.12.1529
Carta régia confirmando o alvará de 13.8.1519, pelo qual D. Manuel ordenava ao Corregedor da Beira que os moradores de Fornos não fossem constrangidos para terem outro padrão de medidas de azeite, somente o que tinham de vinho.
Livro 52, fol. 56v
30.12.1529
Carta régia confirmando o alvará de 16.8.1519, pelo qual D. Manuel ordenava que os moradores de Fornos de Algodres não fossem constrangidos a afinar os seus pesos e medidas mais do que duas vezes cada ano, e os moradores do termo apenas uma vez.
Livro 52, fol. 56v
11.05.1529
Carta régia confirmando o alvará de 13.8.1519, pelo qual D. Manuel ordenava que o concelho de Fornos não fosse obrigado a ir às procissões do dia de Corpus Christi, do Anjo e de Santa Isabel, que se faziam no concelho de Algodres, pois o concelho de Fornos tinha privilégio de somente ir o clérigo de Fornos pelo dia de Corpus Christi, pois era concelho sobre si e não era sujeito a Algodres, podendo realizar essas mesmas procissões em Fornos onde se ajuntava muita gente.
Neste blog
Sites
Comunicação Social
Mailing lists
Fontes
Alguns blogs
Foi assim em Fornos de Algodres
Notícias de Fornos de Algodres
Portuguese Prehistoric Enclosures
Páginas pessoais
Projectos de investigação
Associações
Sociedade de Geografia de Lisboa
Ferramentas